sexta-feira, 23 de setembro de 2011

eu nao sei o que acontece comigo
eu sou tão fragil, tao forte.
eu choro, nao consigo controlar
e as lagrimas me ferem, tanto quanto os espinhos
e os meus olhos ardem, e dói.e eu esfrego as mãos nos olhos
mas é impossivel amenizar o que eu sinto.
dói só por doer.
nao que precise ter um motivo, ou algo mais.
dói porque essa é minha sina.
''eu nasci assim, eu cresci assim, vou ser sempre assim''
nao precisa sentir pena, ou receio
eu já acostumei.
Só sobram as rosas na primavera
fingindo a beleza do mundo.
tentando tirar a atenção
do protagonista que é a solidão.
sou eu.
Solidão sou eu.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Tô me afastando de tudo que me atrasa, me engana, me segura e me retém. Tô me aproximando de tudo que me faz completo, me faz feliz e que me quer bem. Tô aproveitando tudo de bom que essa nossa vida tem. Tô me dedicando de verdade pra agradar um outro alguém. Tô trazendo pra perto de mim quem eu gosto e quem gosta de mim também. Ultimamente eu só tô querendo ver o ‘bom’ que todo mundo tem. Relaxa, respira, se irritar é bom pra quem? Supera, suporta, entenda: isento de problemas eu não conheço ninguém.

Caio Fernando Abreu

domingo, 3 de julho de 2011

Ação

Todos os dias, todas as horas, todos os minutos. O pulsar insistente do meu coração que finge que ama. E me engana. Sentimentos que fingem que existem. Coisas que eu nunca esqueci.
Comida recem-esquentada no microondas. Louça para lavar à dias. Apartamento imundo. Janela aberta.
Pulmão manchado, fígado estragado. Olha o que restou de mim! Coloco a culpa no amor, como sempre, porque o amor é um refúgio, um porto seguro. Mas eu só finjo.
Olho através do olho, sinto através da pele. Vivo. Se existe vida após a morte então para que existe a morte? Sinto que chegou a hora. A hora do sol nascer. Tomo o meu prozac, um copo de água meio cheio, meio vazio. Me aproximo da janela e vejo. Vejo o mundo, os primeiros raios de sol, um choro de criança ao longe, um carro que passa na rua. Como seria voar até o chão?

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A comida esfria no microondas, a louça continua suja, mas meu coração ao menos parou de insistir em pulsar.

21.04.11 em uma aula chata de máquinas elétricas.

I need your help

É até engraçado como as pessoas perguntam o porque de ter acontecido. Ninguem se importa mesmo com ninguem. Não se importamem enfianr a mão nas feridas há pouco abertas... E ficam lá, mexendo onde dói mais. Sem pena. Não entendem que só o tempo (ou nem o tempo) cura. Não entendem o que é um coração quebrado, destroçado, estilhaçado. Essa sou eu, agora. Tentando recolocar os meus pedaços no lugar, aos poucos...


texto escrito há muito tempo atrás, que eu acabei de achar, e descreve bem o que eu tô sentindo agora..

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Chegou a hora..

O pacifismo acaba de acabar
Eu preciso ser forte
A tempestade está a se formar
E pra salvar-me da morte
É preciso enfrentar

Eu fui feliz por ser vã
Ela não quis aceitar
Seu preconceito por ser cristã
Está me fazendo mudar

Que venha o inferno
mas nao vou desistir
mudar meu inverno
por medo, cair.

Seja forte menina, seja forte.

sábado, 21 de maio de 2011

Creio ser dificil lidar com a vida, se desprender do passado. Eu achava que era só dizer nao que eu negava. Que era só dizer fim e acabava. Que se eu dissesse sim, concretizava. Mas as escolhas são mais que isso, não dependem só de mim. E o universo conspira, é claro. Contra mim. Cansei de gritar meus medos e vê-los na minha frente. Acontece que a felicidade - ao contrário dos muitos que buscam, e pensam - não existe. Nunca existiu. E a minha vontade de ser feliz se extinguiu (palavra dificil, não?) há tempos.. Agora eu nao faço mais escolhas, não tomo mais iniciativas, apenas espero a vida passar, e escolher por mim. Assim eu não sofro com as expectativas, assim o que é meu não é tomado, mas sim oferecido. Agora eu sinto a fumaça adentrar a meus pulmões em plena força. Um ultimo resquício de quando eu podia (queria) fazer escolhas. Vou levando a vida, esperando ela passar... 

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Já dizia Pessoa:

Escrever é esquecer. A literatura é a maneira mais agradável de ignorar a vida. A música embala, as artes visuais animam, as artes vivas (como a dança e a arte de representar) entretêm. A primeira, porém, afasta-se da vida por fazer dela um sono; as segundas, contudo, não se afastam da vida - umas porque usam de fórmulas visíveis e portanto vitais, outras porque vivem da mesma vida humana. Não é o caso da literatura. Essa simula a vida. Um romance é uma história do que nunca foi e um drama é um romance dado sem narrativa. Um poema é a expressão de ideias ou de sentimentos em linguagem que ninguém emprega, pois que ninguém fala em verso.

Novidades nem tão novas

Me sinto tão só.
Minha solidão me é palpável.
Percorro os infinitos níveis ao meu redor.
E continuo tão só.
Hoje eu não saí de casa.
Acho que amanha não vou sair tambem.
Só quero deitar na minha cama, com meu amado edredom.
Porque ele me faz, me é e me quer bem.
Um cigarro pra aquecer.
Um chocolate pra adoçar.
Uma vida pra viver.
Uma morte pra pensar.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Nada pior do que ver meu avô ali, frio, morto. Foi uma das piores sensações da minha vida. Cheguei devastada do enterro. Meu pai, que eu nunca tinha visto chorar, nem aguentava olhar pra ele. Minha familia totalmente perdida.Dia dificil esse. :x

terça-feira, 12 de abril de 2011

A única coisa que eu preciso é de teu abraço. De você ao meu lado dizendo que tudo vai ficar bem.


(Fases ruins acontecem. To esperando 'o dia amanhecer', porque a tempestade tá durando viu .-.)

terça-feira, 5 de abril de 2011

Não

É até engraçado como as pessoas perguntam o porque de ter acabado. Nimguem se importa mesmo com nimguem. Não se importam em enfiar a mão nas feridas há pouco abertas. E ficam lá, mexendo onde dói mais. Sem pena. Não entendem que cada um tem seus motivos (pessoais até demais), e que só o tempo cura. Não entendem o que é um coração quebrado, destroçado, estilhaçado (por mim mesma). Essa é a minha sina. A auto-destruição. Essa sou eu.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Saudade

Essa ausencia que me corroi por dentro, e me faz pensar se eu realmente estava certa. Se eu realmente precisava disso. Mas é,eu precisava. Embora esse vazio não feche. Embora tudo me lembre você, afinal, eu te amo. Sem você a vida perde o sentido...

quinta-feira, 31 de março de 2011

É claro que a vida é boa
E a alegria, a única indizível emoção
Em ti bendigo o amor das coisas simples
É claro que te amo
E tenho tudo para ser feliz
Mas acontece que eu sou triste...

segunda-feira, 7 de março de 2011

Eu sinto a sua ausência. Hoje mais do que nunca, e digo isso, porque preciso de você. Sinto a sua falta, como sentiria um braço arrancado de meu corpo bruscamente. Convivo com a sua lembrança, por todo o tempo. Esperando em vão que você entre por essa porta, me abrace e clame em prosa a falta que sentiu de mim. E lento e suave o vento sopra, a porta oscila e me viro apenas para constatar que não há ninguém ali. Ninguém está ali. Nenhum sorriso doce, nenhum olhar perdido, nada... O vazio continua, tão forte, quase presente, quase palpável, quase concreto. E eu ainda estou sozinha aqui. There's an empty space inside my heart.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Tarde demais

Eu olho para trás e vejo todo aquele fogo. Aquele silêncio. Vejo o quanto sou pequeno em meio aquela imensidão de calor. Busco alguem para acabar com a minha solidão. A minha mente está em chamas. Queria tanto correr, ir a lugares desconhecidos, viver a minha vida! Mas permaneço aqui, estático, com essa fantasia em meu coração. Com esse obstáculo que eu não posso enfrentar. Eu não consigo me mexer! Onde estão as minhas forças? Eu não sei mais o meu nome. Quem são meus amigos? Minha familia? Estou sozinho e há fogo e eu não gosto de fogo. Sou de aquario, signo de água, poxa. Sinto cada vez mais calor, está se aproximando de mim. Tento mexer minhas pernas, mas não tenho pernas, nem braços, nem corpo. O que eu sou? Eu não existo! Não materialmente, mas então, como posso pensar?





Blackout





Tudo fica branco





Abro os olhos e não vejo nada...Escuto uma tosse abafada: um tubérculo ou um fumante? Pisco os olhos e vagamente as coisas tomam forma ao meu redor. Ouço choro em meio a palavras de conforto: 'Chegou a hora dele'. Abro os olhos e reconheço minha mulher abraçada a um homem estranho. Meus filhos, Bernard, Kate e Zoey olham pra mim entre lágrimasa.








Blackout






Tarde demais, os aparelhos já foram desligados, bem na hora que Harrison Johnson Winslat, 43 anos, havia retornado do coma, onde estava desde os 37.. Bem, era tarde demais.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Caio Fernando de Abreu.

Me entende, eu não quis, eu não quero, eu sofro, eu tenho medo, me dá a tua mão, entende, por favor. Eu tenho medo, merda!Ontem chorei. Por tudo que fomos. Por tudo o que não conseguimos ser. Por tudo que se perdeu. Por termos nos perdido. Pelo que queríamos que fos...se e não foi. Pela renúncia. Por valores não dados. Por erros cometidos. Acertos não comemorados. Palavras dissipadas.Versos brancos. Chorei pela guerra cotidiana. Pelas tentativas de sobrevivência. Pelos apelos de paz não atendidos. Pelo amor derramado. Pelo amor ofendido e aprisionado. Pelo amor perdido. Pelo respeito empoeirado em cima da estante. Pelo carinho esquecido junto das cartas envelhecidas no guarda- roupa. Pelos sonhos desafinados, estremecidos e adiados. Pela culpa. Toda a culpa. Minha. Sua. Nossa culpa. Por tudo que foi e voou. E não volta mais, pois que hoje é já outro dia. Chorei. Apronto agora os meus pés na estrada. Ponho-me a caminhar sob sol e vento. Vou ali ser feliz e já volto