sábado, 21 de maio de 2011

Creio ser dificil lidar com a vida, se desprender do passado. Eu achava que era só dizer nao que eu negava. Que era só dizer fim e acabava. Que se eu dissesse sim, concretizava. Mas as escolhas são mais que isso, não dependem só de mim. E o universo conspira, é claro. Contra mim. Cansei de gritar meus medos e vê-los na minha frente. Acontece que a felicidade - ao contrário dos muitos que buscam, e pensam - não existe. Nunca existiu. E a minha vontade de ser feliz se extinguiu (palavra dificil, não?) há tempos.. Agora eu nao faço mais escolhas, não tomo mais iniciativas, apenas espero a vida passar, e escolher por mim. Assim eu não sofro com as expectativas, assim o que é meu não é tomado, mas sim oferecido. Agora eu sinto a fumaça adentrar a meus pulmões em plena força. Um ultimo resquício de quando eu podia (queria) fazer escolhas. Vou levando a vida, esperando ela passar... 

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Já dizia Pessoa:

Escrever é esquecer. A literatura é a maneira mais agradável de ignorar a vida. A música embala, as artes visuais animam, as artes vivas (como a dança e a arte de representar) entretêm. A primeira, porém, afasta-se da vida por fazer dela um sono; as segundas, contudo, não se afastam da vida - umas porque usam de fórmulas visíveis e portanto vitais, outras porque vivem da mesma vida humana. Não é o caso da literatura. Essa simula a vida. Um romance é uma história do que nunca foi e um drama é um romance dado sem narrativa. Um poema é a expressão de ideias ou de sentimentos em linguagem que ninguém emprega, pois que ninguém fala em verso.

Novidades nem tão novas

Me sinto tão só.
Minha solidão me é palpável.
Percorro os infinitos níveis ao meu redor.
E continuo tão só.
Hoje eu não saí de casa.
Acho que amanha não vou sair tambem.
Só quero deitar na minha cama, com meu amado edredom.
Porque ele me faz, me é e me quer bem.
Um cigarro pra aquecer.
Um chocolate pra adoçar.
Uma vida pra viver.
Uma morte pra pensar.