quarta-feira, 12 de setembro de 2012

I - Estando eu, dono da minha sanidade, cuidando para que a vida, em sua mais perfeita classificação, não perca o sentido que nos faz permanecer com os pés presos ao chão.

II - Mente, eu sei que mente, quem diz a plenos pulmões que tem domínio dos sentimentos. Só quem ama sabe. Não há razão no amor.

III - Não há controle, não há. E tu sabes que não há porque tu vives na orbita da paixão. Pensai-vos como a flor solitária no campo, com cheiro bom, mas que remete ao cemitério em dia de finados. É arrancado injustamente do seu lugar de origem e servem de presente para os amantes que na verdade não amam. Não sabem o que é o amor.

IV - O manto negro da saudade, que cobre os apaixonados, conspira para a loucura, independentemente, alucinadoramente. Lágrimas sem amor são sobretudo vazias. Oh, veja porem como a cachoeira soa, barulho este que dói aos vazios. Ah, o amor. Amor doce, amor amargo, amor. Oh, deita-te ao meu lado. Aninha-te ao meu peito, querido.

V - Sonho acordado sentindo o teu cheiro, sofro ao apartar-me do teu abraço, sinto cada minuto em que tu não estás ao meu lado.Te amo? Te amo!

VI - Se amar é sentir tua falta, sim! Porem amor é um estado de consciência. E eu, tão quebrado, tão triste, mergulhado em solidão. Saudade. Palavra sem tradução. Abraça-me. Pergunta se estou bem e oferece um cigarro. Oh, estou apaixonado. Aceito e procuro o teu perfume entre os meus dedos. Fecho os olhos e beijo-te em meus sonhos. Oh, queria que estivesses aqui pois ao teu lado a vida é mais doce. Tira de mim o amargo do fel. Senta ao meu lado e esfrega teus cabelos em minhas mãos.

VII - Sonho com você todas as noites. A vida é solitária, meu bem. Queria que precisasses de mim tanto quanto eu a ti.

VIII - Quero a tua companhia no decorrer dos meus dias e sinto que apesar dos teus pesares valerá a pena cuidar de ti. Mas amar sozinho é como enfrentar a deus e o diabo ao mesmo tempo.